Previdência privada Redação Empregador Web

Por que a previdência privada ganhou valor em meio a pandemia?

A pandemia de coronavírus está trazendo inúmeros impactos negativos para a economia global. Investidores estão desesperados e reavaliando as melhores oportunidades de mercado. A previdência privada é um bom investimento de longo prazo, mas deve ser administrado com cautela durante a crise para evitar maiores perdas. 

Pesquisas de instituições financeiras de todo o mundo, indicam que a pandemia de coronavírus já resultou na queda de cerca de 40{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44} das bolsas de valores globais. E a queda atinge tanto investimentos de renda fixa como de renda variável. 

É hora de resgatar os investimentos da previdência privada? 

A advogada Ana Rita Petraroli, da Petraroli Advogados e especialista em previdência privada, afirma que este é um momento de cautela. Para ela, esse é um momento em que se deve pensar no futuro e vislumbrar os resultados no longo prazo. Manter a calma e não fazer movimentações arriscadas é um mantra para os investimentos durante a crise. 

Com a queda dos mercados globais, incluindo a da Bolsa brasileira, Petraroli explica que os números podem assustar os investidores, afinal o país vinha se recuperando lentamente da pior recessão de sua história. A advogada também ressalta que apesar do susto é preciso manter o foco e planejar o futuro. 

A aposentadoria por meio da previdência privada é fundamental para trazer mais tranquilidade, mesmo que haja dificuldades para realizar investimentos. O mais importante é continuar fazendo aportes mínimos, e se necessário, apenas cortar as contribuições. Fazer o resgate dos valores neste momento não é uma boa opção. 

Fundos de previdência privada triplicaram alocações em produtos de risco nos últimos anos

A alta de rentabilidade na previdência privada se deve a alocação do capital em ativos de maior risco nos últimos três. As alocações em ativos de risco triplicaram durante o período. Mesmo assim, a maior parte das alocações destes fundos ainda estão na renda fixa

Com a renda fixa ainda imperando, a crise deve conseguir impedir um maior crescimento de ativos de renda variável na composição dos fundos de previdência privada. Em três anos, as alocações em ativos de risco pularam de 10{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44} em 2016 para 33{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44} em 2019.

E o aumento das alocações cresceu tanto em fundos PGBL e VGBL, como também em fundos corporativos e de pensão. E claro, com o crescimento da alocação em ativos de risco, muitos investidores estão preocupados por conta das quedas nas bolsas durante e após a pandemia de coronavírus. 

Para especialistas, a própria pandemia de coronavírus deve indicar que a alocação em ativos de risco em fundos de previdência privada é um “caminho sem volta” e deve continuar após o período, mas com a maior cautela possível. 

Depois da aprovação da reforma da previdência, muitos brasileiros criaram a consciência da necessidade de investir na previdência privada para complementar a aposentadoria pública no futuro. Com isso, mais de 13 milhões de pessoas já possuem cerca de R$ 1,9 trilhão investidos nesses fundos. 

Especialistas apontam ainda que a alocação em ativos de risco é fundamental para a rentabilidade. Eles explicam que os investidores devem considerar os riscos como uma maneira de obter rendimentos suficientes para um bom complemento de aposentadoria no futuro.

Alocação em ativos de risco se deve a diminuição da rentabilidade na renda fixa

De 2016 para cá, a taxa básica de Juros (Selic) caiu de 14,25{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44} para 3,75{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44} e isso fez com que os rendimentos da renda fixa diminuíssem bastante nos últimos anos. Esse foi o principal motivo para que fundos PGBL e VGBL passassem a aplicar mais capital em ativos de renda variável. Os riscos aumentaram, e consequentemente, a rentabilidade também. 

Rodrigo Terni, fundador da Giant Steps, explica que com os cortes consecutivos na Selic, a poupança e os títulos de renda fixa passaram a render muito menos nos últimos tempos. A poupança este ano, inclusive, deve perder para a inflação e não render praticamente nada em 2020. 

O economista explica que devido a isto, nos últimos anos houve uma migração massiva de capital de fundos de renda fixa para fundos de renda variável com maior risco. Com a inflação baixa, as apostas no mercado de ações e em fundos multimercados para diversificar os produtos da previdência privada cresceram exponencialmente de 2016 para cá. 

Por que investir na previdência privada é uma boa ideia para o futuro? 

Mesmo em meio a crise, os rendimentos da previdência privada podem ser bastante vantajosos. Basta contar com bons consultores e ter bastante cautela durante a pandemia de coronavírus. 

Com regras mais duras para a conquista da aposentadoria pública e uma expectativa de vida cada vez maior, contar com o complemento da previdência privada, que deve ver sua rentabilidade crescer nos próximos anos é fundamental para a tranquilidade no futuro. A expectativa é que após a crise, as alocações em ativos de risco, principalmente em ações e fundos internacionais continuem. 

E com aportes mensais, a tendência é que mesmo com a recessão global que enfrentaremos, os fundos de previdência privada consigam render bastante em comparação com os fundos de renda fixa.

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