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Você sabe a diferença entre analista e assessor de investimentos?

Antes de fazer um investimento a longo prazo, é preciso entender as minúcias do mercado de investimentos, é claro, mas não só: as pessoas que fazem com que a máquina continue a funcionar também precisam ser conhecidas, uma vez que estarão ao seu lado durante toda a sua jornada.

Há muita dúvida sobre as diferenças entre analista e assessor de investimentos – não por acaso, visto que as funções se atravessam de alguma forma. Há um terceiro elemento que nem sempre está na equação, o broker, que também gera bastante confusão.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as especificidades das funções citadas, explicitando as suas características principais e o seu papel na manutenção dos investimentos. Confira.

Analista de investimentos: quem é?

O analista é o especialista que, a partir da análise de dados concretos, pode emitir opiniões sobre investimentos a serem feitos ou não.

O analista, na prática, atua no aconselhamento de compra ou venda de ativos ou títulos, sempre com base em uma observação do mercado de investimentos e nas opiniões e pesquisas de outros especialistas.

Existem dois tipos de analistas: os técnicos e os fundamentalistas.

Os profissionais do primeiro grupo utilizam a análise gráfica para cunhar os seus documentos e fazer as suas recomendações. Os fundamentalistas, por sua vez, apoiam-se nos resultados divulgados pelas empresas para avaliar se as ações estão caras ou não.

A análise fundamentalista é uma opção a longo prazo, já que as suas recomendações podem valer para períodos extensos, como semanas ou meses. A análise técnica, assim, tem objetivo de curto prazo e geralmente vale por algumas horas ou dias.

Para que alguém se torne analista de investimentos, ele precisa ter a Certificação Nacional dos Profissionais de Investimentos (CNPI), que é emitida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Segundo informações disponibilizadas no site oficial da Apimec, o profissional interessado em adquirir a certificação deve ser aprovado em, pelo menos, dois exames: CB – Conteúdo Brasileiro e CG1 – Conteúdo Global 1, ou CB – Conteúdo Brasileiro e CT1 – Conteúdo Técnico.

Para adquirir o CNPI, é preciso ter ensino superior completo em qualquer área, desde que sejam reconhecidos pelo MEC.

Assessor de investimentos

Os assessores de investimentos orientam os possíveis investidores às aplicações financeiras que fazem mais sentido não apenas para o seu perfil de investidor, mas para a obtenção do rendimento e do objetivo financeiro desejado.

Podemos dizer, de forma simplificada, que o assessor de investimento atua de acordo com as recomendações fornecidas pelo analista de investimento.

Ao contrário do analista, o assessor não pode emitir relatórios de análise, tampouco fazer recomendações sobre aquisição e venda de ações. Assessores apresentam e explicam o funcionamento dos produtos disponibilizado por determinada corretora, conduzindo os investidores no processo de aquisição de aplicações.

Os assessores atuam de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para atuar nesta função, é preciso:

  • ter ensino médio completo;
  • estar regularizado e residir no Brasil, além de estar em pleno exercício dos direitos civis;
  • ser aprovado no teste da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias);
  • não ter antecedentes criminais.

Broker

O broker é um elemento responsável pela intermediação entre compradores e vendedores de ações.

No mercado financeiro, o broker pode ser chamado de stock broker ou, em terras brasileiras, de agente autônomo de investimento. Trata-se de uma função que está sempre atrelada ao trabalho de uma corretora, visto que envolve a compra e venda de ativos e o atendimento aos investidores.

O broker não pode recomendar aos investidores que façam transações; tal tarefa, como já comentamos, é responsabilidade dos analistas, que geralmente são contratados de corretoras e grandes instituições.

Nos últimos anos, surgiu a tendência do home broker: a partir dessa funcionalidade, é possível comprar ou vender ações por meio da internet.

Não é um sistema recomendado para pessoas que estão começando no mundo dos investimentos, já que não oferece consultoria especializada ou personalizada, embora disponibilize análises e informações que podem ajudar no processo de escolha do investidor. Um último adendo: broker e dealer não são a mesma coisa. Dealer, no Brasil, é um banco ou corretora que faz a intermediação de serviços entre os interessados e o Banco Central (BACEN) no mercado aberto.

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