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Como calcular a repartição dos tributos no Simples Nacional?
O impacto dos impostos que as empresas pagam é enorme. Não é à toa que qualquer ferramenta valuation online usará esses dados para levar em consideração a vida financeira do negócio antes de dizer o quanto ele vale. Afinal de contas, uma empresa que paga muitos impostos tende a ter um NOPAT diferente daquela que paga menos e se torna menos eficiente no longo prazo.
Aqui no Brasil, as empresas costumam levar aproximadamente 2000 horas por ano para lidar com todas as suas responsabilidades tributárias. No entanto, há uma diferença nisso: as empresas que são do Simples Nacional não passam por isso. Pois é, elas podem pagar uma parcela mensal para simplificar a sua vida tributária e lidar com isso de maneira mais simples.
No entanto, para melhorar a sua gestão, é essencial saber como calcular a repartição dos tributos no Simples Nacional. Quer entender como fazer isso? Então siga a leitura do artigo abaixo!
O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um tipo de regime tributário no Brasil que foi criado para facilitar a vida de micro e pequenas empresas, garantindo uma vida tributária mais fácil para elas.
Além de supostamente permitir uma carga tributária mais leve, o grande benefício do Simples Nacional é como facilita o pagamento de impostos, juntando 8 diferentes tributos em apenas uma guia, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Hoje em dia, para ser parte do Simples Nacional, é importante que a empresa não ultrapasse um faturamento anual de R$ 4,8 milhões. Vale lembrar, também, que apesar dos 11 milhões de MEIs do Brasil pagarem o DAS também e serem tecnicamente parte do Simples, não se trata do mesmo regime tributário, já que os impostos arrecadados são diferentes.
Como calcular os seus impostos?
Para calcular os impostos do Simples Nacional que você precisa pagar, existem quatro passos específicos. Eles vão desde entender a receita bruta da empresa no período, identificar tributos e parcelas e fazer o cálculo para chegar ao valor final pago todos os meses.
Tudo começa com o cálculo que determina quanto a sua empresa faturou no último ano. Isso é feito com base na RBT (Receita Bruta Total), o que consiste em todas as entradas de dinheiro na empresa. Para isso, basta abrir o seu software de gestão financeira e ver o total de entradas no último ano.
Depois disso, o próximo passo é consultar o anexo específico do Simples Nacional no qual a sua empresa se enquadra. Com base nisso, use a sua receita bruta total para encontrar a faixa de alíquota e parcela dedutível para o seu caso.
Depois de encontrar a parcela dedutível e alíquota do seu caso, você deverá chegar ao cálculo da alíquota efetiva do Simples Nacional. A alíquota efetiva é quanto você realmente paga de imposto e não quanto está marcado no regulamento do sistema.
Isso porque os impostos só são cobrados acima de uma faixa de faturamento. Dessa forma, você não paga exatamente a alíquota determinada, mas sim o impacto da alíquota em cima da sua parcela dedutível. Por exemplo, uma empresa de faturamento de R$340 mil pode pagar imposto sobre apenas uma parcela de R$ 5.940, caso esteja localizada no Anexo I do Simples Nacional.
Para chegar ao valor da alíquota efetiva, basta seguir essa fórmula:
- [(RBT12 x ALIQ) – PD] / RBT12
Nela:
- RBT12 = Renda Bruta Total dos últimos 12 meses;
- ALIQ = alíquota no anexo do Simples Nacional;
- PD = parcela dedutível na qual incide o imposto.
Como calcular a repartição dos tributos no Simples Nacional?
Com base nesses dados e cálculos, o próximo passo é achar a repartição dos tributos no Simples Nacional. Basta usar os dados e fórmulas específicas do Simples Nacional para chegar ao valor específico que será pago pela sua empresa. Depois disso, para calcular a repartição dos impostos do Simples, basta aplicar a alíquota de cada imposto na fórmula. A lista de alíquotas é a seguinte:
- IRPJ: 5,50{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44};
- CSLL: 3,50{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44};
- Cofins: 12,74{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44};
- PIS/Pasep: 2,76{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44};
- CPP: 41,50{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44};
- ICMS: 34{37828f1ff735b0094b538d67ee7b4880e10b43cdfc7b8dfdd0f990fc8cff9e44}.
Basta usar cada alíquota para chegar à alíquota efetiva e entender quanto cada imposto consumiu do seu faturamento mensal. Lembre-se de que o Simples Nacional é pago mensalmente, por isso toda essa maquinação e cálculos complicados. No entanto, isso só é relevante mesmo para o seu contador, já que para você isso não tem tanto peso assim.
Agora que você aprendeu como calcular a repartição dos tributos no Simples Nacional e dominou esse tipo de regime tributário, já pode colocar esse conhecimento em prática na sua empresa. Lembre-se de que apesar do Simples Nacional ser o regime tributário mais fácil de entender, ele nem sempre é aquele com a menor carga tributária. Por isso, é vital ter um planejamento tributário para entender qual a melhor opção para você.
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